14 abril 2016

EUA confirmam: zika provoca microcefalia


Estudo considerou informações já conhecidas sobre o vírus
 
Cientistas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na siga em inglês), principal instituição de pesquisa de saúde do governo americano, divulgaram nesta quarta-feira um estudo que comprova que o vírus zika causa anomalias em fetos, como a microcefalia. A descoberta pode significar uma virada na luta contra a epidemia, que já atinge 40 países. Apesar das suspeitas anteriores, esta é a primeira vez que um estudo confirma que a picada do mosquito Aedes aegypti é capaz de provocar problemas cerebrais congênitos. O estudo foi publicado no “New England Journal of Medicine".

Agora está claro, o CDC concluiu que o vírus causa microcefalia”, declarou Thomas Frieden, diretor do CDC, que agora produz mais estudos que tentam determinar se a microcefalia é a “ponta do iceberg" de efeitos perigosos ao cérebro e o desenvolvimento de outros problemas mentais.
“Nós aprendemos que o vírus está ligado a um conjunto mais amplo de complicações na gravidez”, disse Anne Schuchat, vice-diretora do CDC, durante uma coletiva na Casa Branca, na última segunda-feira. “Nós continuamos a aprender sobre o vírus praticamente todos os dias”.

No estudo, os pesquisadores tiveram contato com mulheres que tiveram bebês com má-formação e que afirmaram ter tido a doença no primeiro e no segundo trimestre da gravidez. Em alguns casos, o vírus foi encontrado no cérebro de bebês com microcefalia, que morreram após o nascimento. O órgão voltou a recomendar que mulheres grávidas usem preservativos em relações sexuais com parceiros que tenham sido infectados pelo vírus da zika.

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