15 outubro 2015

15 DE OUTUBRO. MAIS UM DIA DOS NOSSOS QUERIDOS PROFESSORES!

Hoje é o DIA DO PROFESSOR!

E para homenagear a todos os nossos mestres, vou reproduzir um texto que escrevi, neste mesmo dia, no ano de 2013. Uma homenagem a uma LEGÍTIMA FILHA DA NOSSA QUERIDA CEARÁ-MIRIM. Uma mulher que é, sem dúvidas, um grande exemplo de vida!

Era uma vez uma jovem cearamirinense, inquieta, curiosa, apaixonada pela vida. Uma bela jovem que chamava a atenção por sua beleza e simpatia. Uma jovem sedenta por conhecimentos e que, muito cedo, resolveu constituir sua família. Precoce, em pouco tempo tornou-se mãe de quatro filhos, duas meninas e dois meninos.

Infelizmente, o desenrolar da sua vida matrimonial não foi da forma que ela sonhou, imaginou, planejou... Muito cedo, veio o entendimento de que nem tudo seriam flores e que os espinhos fariam parte do seu crescimento.


Já madura, percebeu que precisava mudar sua vida para, assim, poder dar uma vida digna e um futuro promissor aos seus filhos.

Com dificuldades, mas nunca deixando o cansaço ou o desânimo ganharem as batalhas, aquela jovem senhora, com todas as suas forças, partiu para um enfrentamento feroz com o seu próprio destino. Uma guerra que mudaria sua vida e a dos seus filhos para sempre. Era um caminho sem volta onde só se podia seguir em frente.

Já com quatro filhos e em meio às mais perversas dificuldades, resolveu voltar a estudar com o objetivo de terminar o segundo grau e se inserir no mercado de trabalho. Neste ínterim, dois extremos acontecem: o nascimento do seu filho caçula, o mais belo da prole, e depois de dois anos, a maior tragédia da sua vida: a perda prematura da sua segunda filha, aos dez anos de idade.

Seu mundo desabou. Talvez a vontade de desistir tenha até rondado seus pensamentos. Um muro se ergueu à sua frente tentando impedir o seu caminhar. De nada adiantou!

Com todas as suas forças reunidas e com o pensamento focado no seu futuro e, mais ainda, no futuro dos seus rebentos, o muro foi derrubado pedra por pedra e os seus restos serviram de alicerce para a longa caminhada que ainda estava por vir.

Nos anos que se seguiram, a jovem senhora concluiu seu curso de Ciências Biológicas, na UFRN, iniciou sua carreira no magistério... Dava aulas à noite, frequentava a universidade durante o dia e não dispensava nenhum trabalho em sala de aula em qualquer horário que tivesse disponível. Eram dias difíceis e vinte e quatro horas parecia pouco para tanta obrigação, tanta garra, tanta vontade de vencer. Na sua rotina cansativa, seus dias começavam ao nascer do sol e terminavam, muitas vezes, na última hora da noite. Dormir era artigo de luxo.

Depois de alguns anos, a recompensa finalmente surge: A conclusão do seu curso superior e o tão sonhado título de Bióloga.

Concluída esta etapa, surge o desejo de se tornar professora da maior instituição de ensino do seu estado: a Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Difícil? Para uma pessoa comum e acomodada, talvez sim. Mas para uma pessoa forte, determinada e batalhadora. Para uma mãe responsável e obstinada em promover um futuro digno para os seus filhos, foi “café pequeno”.

Aos trinta e oito anos, a jovem senhora, agora bióloga, tornava-se professora da UFRN! Uma nova etapa iniciava-se na sua vida e o seu grito de liberdade ecoou aos quatro cantos do mundo.

Claro que não terminaria ali a sua luta, mas a certeza de poder conduzir seu próprio destino e dos seus filhos com o fruto do seu trabalho e com a sua independência, transformaram a sua guerra em mais brandas batalhas.

Por alguns anos continuou com o seu tempo totalmente preenchido pelo seu belo trabalho de professora, dividindo os dias entre seus alunos na UFRN e no Colégio Estadual Winston Churchill; e com os seus filhos, agora já três adolescentes ou, poderíamos dizer: “adultos prematuros” pelas circunstâncias e aquele belo filho caçula, ainda beirando os nove anos de idade.

Nos anos seguintes, veio a mudança de vida, a casa própria, os filhos mais velhos encontraram seus caminhos profissionais, os casamentos, os netos e o neto-filho.

A jovem senhora, que enxergou em tempo a necessidade de mudança na sua vida e que, apesar das dificuldades que a vida lhe impôs, nunca, jamais, em momento algum fraquejou, amoleceu, desistiu... Agora tornara-se uma jovem senhora dona do seu destino, do seu caminho. Uma jovem senhora que, caminhando sempre com Deus ao seu lado, durante todos esses anos, tornou-se um exemplo de vida para os seus filhos.

Pois é! Hoje, no dia do professor, presto minha homenagem a esta GRANDE MULHER, PROFESSORA e MÃE.

Uma mulher que foi professora na sua mais pura essência e que ensinou aos seus alunos tudo o que podia para torna-los pessoas melhores. Uma professora que não faltava a um dia de trabalho e que sempre estava disponível aos seus alunos.

Mais do que tudo, esta é minha homenagem a uma “professora-mãe”, que ensinou aos seus filhos o significado das palavras luta, respeito e ética, apenas com o seu comportamento reto, seu caráter, sua força e seu exemplo de vida. Uma pessoa que, com sua força e sua coragem, possibilitou aos seus filhos um futuro digno.

Como bem disse Churchill: “A coragem é a primeira das qualidades humanas, porque é a qualidade que garante as demais.” E foi a coragem desta mulher, alimentada pelo enorme amor no seu coração, que lhe deu força, garra, discernimento e objetividade para seguir em frente e mudar a sua vida.

Esta jovem, que se transformou em mulher e exemplo de vida, é a mãe de Edvane, de Edilene (in memoriam), de Evandro Jr., de Marcus Evandro e daquele filho caçula... sim, aquele que foi, e ainda é, o mais belo da prole: EU, Evandro Henrique.

À Professora MARIZA ROQUE, rendo todas as homenagens neste dia do Professor.

À MINHA MÃE, Dona Mariza, filha de Dona Diola e do Sr. Zé Roque, declaro o meu infinito amor, não só hoje, mas em todos os dias da minha vida.

UM GRANDE BEIJO NO SEU ENORME CORAÇÃO!

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