12 junho 2016

Professores participam de seminário sobre educação de crianças com baixa visão

Seminário foi voltado para professores, coordenadores e estagiários, que trabalham em sala de recursos visuais e tem necessidade de intensificar o conhecimento e a prática na área da deficiência visual.

A Secretaria Municipal de Educação (SME) em parceria com a Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, realizou nesta sexta-feira (10/06), o Seminário “Educação sem limites – ampliando a visão do professor na educação de crianças com baixa visão”, no auditório do Centro Municipal de Referência em Educação Aluízio Alves (Cemure). O evento foi voltado para professores, coordenadores e estagiários, que trabalham em sala de recursos visuais e tem necessidade de intensificar o conhecimento e a prática na área da deficiência visual.

O seminário foi conduzido pela fisioterapeuta Ana Lúcia Rago, psicopedagoga e coordenadora dos Projetos Perkins/Lavelle e, também por Priscila Ciocler Froiman, Ortoptista, especialista em baixa visão e Gerontóloga. Ambas trabalham no Setor de Visão Subnormal do Departamento de Oftalmologia da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

A parte inicial do seminário coube a Priscila Cioler que apresentou a anatomia e a fisiologia do sistema visual, como as partes do olho e sua estrutura como função sensorial. Definiu conceitos das funções visuais como acuidade visual, sensibilidade ao contraste, campo visual, visão de cores, adaptação visual e visão binocular. Destacou que a acuidade visual a partir de um teste funcional monitora o efeito, impacto de tratamentos e evolução de doenças oculares. Os testes Teller e o Olhar preferencial (OPL) servem como avaliação das funções visuais das crianças. “Os alunos devem periodicamente ter exames com oftalmologista e os professores devem trabalhar a funcionalidade da visão, realizando uma triagem a partir dos testes de acuidade visual para medir e descobrir quais são os portadores de problemas de baixa visão em sala de aula,” explicou Priscila Cioler.

Algumas patologias como glaucoma congênito, catarata e infecções congênitas avançam para deficiência visual. A baixa visão é uma condição de diminuição da função visual em ambos os olhos, mesmo após tratamento e correção optica, mas em que há visão suficiente para executar uma tarefa. O objetivo dos profissionais que trabalham nesta área é favorecer o desenvolvimento de boa eficiência visual. “Quando duas ou mais deficiências se combinam, gera uma condição diferente para tratamento do aluno com problema de deficiência múltipla, como no caso de ser portadora de surdez e cegueira,” disse Ana Lúcia.

Ana Lúcia realizou uma vivência no auditório com objetivo de apresentar a condição do aluno com baixa visão no cotidiano de uma atividade escolar. Através de óculos especiais que simulavam baixa visão, quatro professores foram voluntários para realizar um teste para descobrir as cores e formas de objetos. Também foi formado um círculo em que o grupo jogava uma bola colorida simulando um recreio. “Adaptar a atividade e procurar estratégias de inclusão no grupo, vai melhorar o desempenho da criança com deficiência visual. Uma bola com sininho no interior, falar o nome do colega que vai receber a bola ou diferenciar a roupa, como o uso de um colete, cria possibilidades que a criança vai superar no processo de aprendizagem”, afirmou Ana Lúcia.

O seminário contou ainda com a apresentação do projeto de música do grupo instrumental e de Flauta Doce da E. M. Ferreira Itajubá. Todos os participantes receberam no encerramento do evento uma cartilha de orientação básica para condução do trabalho em sala de aula com alunos com baixa visão.


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