09 dezembro 2016

A Lava Jato no ninho dos tucanos: Odebrecht repassou R$ 2 milhões a Alckmin em dinheiro vivo

Segundo delação premiada, R$ 2 milhões em espécie foram entregues ao irmão de Lu Alckmin, durante a campanha ao governo de SP em 2010



A Odebrecht, afirmou no acordo de delação premiada com a Operação Lava Jato, que realizou pagamento de propina em dinheiro vivo para as campanhas de 2010 e de 2014 do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (9) pelo jornal Folha de S.Paulo.

De acordo com o jornal, duas pessoas próximas a Alckmin foram citadas pela empreiteira como intermediárias dos repasses.

Ao todo, R$ 2 milhões em espécie foram repassados ao empresário Adhemar Ribeiro, irmão da primeira-dama, Lu Alckmin, para a campanha de 2010. A entrega do recurso, de acordo com os termos da delação, ocorreu no escritório de Ribeiro, na capital paulista.

Em 2014, o caixa dois teve como um dos operadores, segundo a empreiteira, o hoje secretário de Planejamento do governo paulista, Marcos Monteiro, político de confiança do governador. O valor desse segundo repasse não foi divulgado.
Um dos executivos que delataram o caixa dois é Carlos Armando Paschoal, o CAP, ex-diretor da Odebrecht em São Paulo e um dos responsáveis por negociar doações eleitorais para políticos. CAP também é quem fez afirmações sobre o suposto repasse de R$ 23 milhões via caixa dois para a campanha presidencial de 2010 do atual ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB).

Oficialmente, conforme dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não há nenhuma doação direta registrada da Odebrecht à conta da candidatura de Alckmin em 2010 e 2014.

O tribunal registra, em 2010, apenas uma doação oficial de R$ 100 mil da Braskem, braço petroquímico da empreiteira, à direção do PSDB em São Paulo.

No ano de 2014, foi informada uma doação de R$ 200 mil da mesma empresa ao comitê financeiro da campanha a governador. Esse recurso foi repassado pelo comitê à conta da candidatura do tucano.

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